
Dias atrás a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Spoofing e prendeu 4 suspeitos de terem invadidos os celulares de ministros, políticos, juízes, procuradores e autoridades do governo. Matéria do G1 que compartilho no final deste post diz que na residência de um dos 4 acusados, Gustavo Henrique Elias Santos, foi encontrado R$ 100 mil em dinheiro. A reportagem traz tb a declaração do advogado: "Ele é DJ e opera bitcoins e ele prova a origem do dinheiro".
Apesar de ter publicado posts mencionando a profissão no ano passado - Hj faz 10 anos que Satoshi Nakamoto inventou o Bitcoin, som na caixa DJ! - e em - Funk do Bitcoin - Transcrição da letra da primeira música sobre criptomoedas no Brasil - não sei se a profissão de Disk-Jockey é rentável mas a ligação com Bitcoin e criptomoedas faz lembrar das acusações que compartilhei aqui semanas atrás: Pavão Misterioso, suposto grupo de hackers brasileiro, tuita que Bitcoin é um câncer irrastreável e alega ter capturado transações feitas por Glenn Greenwald em corretora de criptomoedas.
Logo que vi a notícia repassei pro Grupo Bitcoin Brasil Original no Facebook comentando - Suposto hacker do Moro poderia estar entre nós? - e em seguida outro membro respondeu lembrando que talvez ele tenha mesmo sido um usuário ativo do grupo que alegava ter ficado rico investindo em altcoins e exibia fotos de sua Lamborghini com orgulho. De qq forma, uma nota no site Antagonista - PF e MPF suspeitam de transações em bitcoins - revelou que o juiz Vallisney de Souza Oliveira notificou 3 corretoras de criptomoedas a repassarem as transações do suspeito. O site do jornal Estadão - PF mira bitcoins de hacker de Moro (para cadastrados) - e o site Criptofácil - Juiz ordena que exchanges forneçam dados de suspeitos envolvidos no vazamento de mensagens de Sérgio Moro - repercutiram a decisão.
Assim como as primeiras denúncias do Pavão Misterioso, o que a PF divulgou sobre a investigação e os suspeitos surpreenderam alguns especialistas em tecnologia no Twitter, como Yasodara Córdova e André Shalders, pela precariedade e métodos improváveis. Até mesmo informações básicas como a inconsistência na localização dos tuítes de outro dos presos foi levantada na coluna do Lauro Jardim - Estranhezas das postagens do Vermelho, o hacker preso pela PF - publicada no jornal O Globo. Apesar de usar o codinome Vermelho, Walter Delgatti Neto, segundo o jornal Correio Braziliense - DEM anuncia expulsão de filiado acusado de ataque hacker contra Moro - pertencia a um dos partidos da base governista. O site da Revista Veja publicou - Suposto hacker fazia campanha para Bolsonaro nas redes - sobre Danilo Cristiano Marques, motorista de Uber preso na operação tb.
No meio de toda essa bagunça política, jurídica e tecnológica, o jornalista e escritor Pedro Doria achou normal todo esse amadorismo e descaso com a segurança digital, em se tratando de Brasil e mais especificamente Araraquara/SP, cidade em que os ditos hackers foram detidos, e publicou tb no Estadão: Imagina se fossem russos (para cadastrados).
G1 São Carlos e Araraquara: Advogado diz que suspeito de invasão de celular tem como provar origem de R$ 100 mil apreendidos. PF encontrou dinheiro em apartamento de DJ suspeito de ser hacker de Sergio Moro...
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