
No fim do ano passado compartilhei aqui a notícia - Startup lança criptomoeda Moeda Verde Ecochain para incentivar a coleta de lixo reciclável e complementar renda - Canaltech - sobre a Ecochain (https://www.ecochain.com.br), projeto que se define como o blockchain aplicado a projetos verdes e sociais. Agora, na semana que passou, o site Draft publicou uma entrevista, cujo link compartilho no final deste post, com Marcelo Miranda, CEO da iniciativa mas que antes tb fundou a corretora de criptomoedas FlowBTC (https://www.flowbtc.com.br).
Marcelo explica que no modelo da Ecochain, os voluntários das coletas se cadastram em um site, com nome e CPF, e ganham acesso a uma carteira digital para o recebimento de créditos. Caso o usuário não possua um smartphone para verificar o saldo, um QR Code é impresso e usado para as trocas no comércio - entre os itens que podem ser adquiridos estão produtos de cesta básica e material escolar. Revela tb que deixou o emprego no Deutsche Bank em 2014 e investiu 300 mil reais para fundar a FlowBTC, com foco na corretagem de criptomoedas. Hoje, a exchange tem cerca de 60 mil clientes e o Banco Brasil Plural como sócio-investidor.
Na entrevista para o Draft, que tb repercutiu no site Livecoins (Criptomoeda sustentável impulsiona projeto de reciclagem e aquece economia no interior paulista), Marcelo conta que chegou a pensar em desistir e retomar a segurança da carreira que trilhava no banco quando conheceu seus atuais sócios no Ecochain e viu a chance de concretizar sua ideia de aplicar o blockchain a projetos ligados a sustentabilidade. Como comentei mês passado - Dia do Índio: criptomoedas indígenas e uma lição de economia de 500 anos atrás - e no video que subi no @dtube - Saquinho de plástico flutuando em círculos com o vento que sopra na calçada - a civilização está em um momento chave na adoção de novos hábitos de consumo e descarte e acho que a adoção de altcoins e ativos digitais tem muito a contribuir.
Também acho que a Ecochain, mesmo mais focada e dependente de parcerias com governos municipais, pode ser considerada uma moeda social. Como a Faircoin, com a qual estou envolvido desde junho - 6ª reunião do primeiro nodo local da Faircoop em São Paulo/SP na Casa Elefante - e outros exemplos citados aqui em: Dissertação de mestrado da FGV tem como tema as criptomoedas, blockchain e moedas complementares (sociais, locais e comunitárias). Uma matéria recente do jornal Valor - Crise multiplica catadores, mas reduz o lixo - me fez lembrar que com o agravamento da crise econômica, a reciclagem acaba virando uma alternativa de renda e sobrevivência. Como ensina o site Brasil Escola no portal UOL - Brasil: campeão mundial em reciclagem de latas - desde os anos 90 nosso país reaproveita o alumínio exemplarmente graças aos catadores de latinha, atividade que de um tempo pra cá vemos multiplicar pelas ruas novamente.
Projeto Draft: A Ecochain impulsiona a reciclagem no interior de São Paulo com uso do blockchain. A startup digitalizou uma moeda social gerada pela coleta seletiva em Santa Cruz da Esperança — e agora pretende levar a solução a capitais até 2020...
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