Um dos pais do Plano Real defende uso de criptomoeda emitida pelo governo no Brasil

Dhared From Dlike

Parece que o economista André Lara Resende provocou uma polêmica entre seus colegas após publicar o artigo no Jornal Valor sobre a Crise da Macroeconomia (versão no Outline.com para quem não é assinante). Considerado como um dos pais do plano econômico que conseguiu eliminar a hiperinflação e deu origem ao Real, Lara Resende defende que a teoria macroeconômica e seus conceitos como conhecemos até agora, principalmente depois da crise de 2008, está prestes a ruir.

Indagado pelo jornal O Globo, cujo link para a entrevista compartilho no final deste post, o economista banqueiro formado pela PUC-RJ (que como compartilhei aqui, oferece cursos online sobre blockchain e criptomoedas) com PhD pelo MIT (que tb visitei como turista e até postei uma foto na cidade vizinha, via @appics - A estátua do burro, que pensei que era uma mula, em Boston nos EUA), respondeu sobre sua proposta de modernização do sistema monetário para baixar os juros altos, que para ele provoca a estagnação da economia em nosso país:

"Há tempos, a moeda é exclusivamente fiduciária, e a moeda física deverá se tornar irrelevante. O sistema de pagamentos será integralmente digital. O Banco Central deveria tomar a frente do processo, passar a trabalhar com depósitos remunerados, não apenas dos bancos comerciais, mas do público em geral. A criação de uma moeda digital do Banco Central, baseada nos chamados sistemas de Distributed Ledger Technology, ou DLT, dos quais o blockchain do bitcoin foi o precursor, substituiria a moeda papel com enormes vantagens. O Banco Central controla integralmente a taxa básica de juros. Com um sistema de pagamentos digital, com reservas e depósitos remunerados, o Banco Central reduziria significativamente o custo da dívida pública."

A ideia de uma criptomoeda governamental oficial vem de encontro com iniciativas parecidas sendo estudadas por Noruega, Rússia, Suécia, Irã, Suiça... e aparentemente posta em prática pela Venezuela. No Brasil, o novo presidente do BC, Roberto Campos Neto, já se declarou estudioso do assunto, como publicou o site Livecoins: Empossado por Bolsonaro, novo presidente do Banco Central é defensor da tecnologia blockchain.

Lara Resende explicou no Valor, que a tese de que a moeda é essencialmente uma unidade de conta, cuja aceitação deriva da possibilidade de usá-la para pagar impostos, é de 1905. Foi originalmente formulada pelo economista alemão Georg F. Knapp, no livro "The State Theory of Money". Ficou conhecida como "cartalismo" e foi retomada recentemente pelos proponentes da chamada moderna teoria monetária, MMT em inglês. Em seu livro "Juros, Moeda e Ortodoxia", de 2017, o autor usa esse argumento para reforçar sua tese de que a expansão ou contração da moeda é consequência, e não causa, do nível da atividade econômica.


Jornal O Globo: ‘A questão não é se é possível aumentar o gasto, mas a qualidade dele’, diz Lara Resende. Um dos pais do Plano Real sugere modelo no qual impostos e despesas sejam compatíveis com produtividade e bem-estar... (versão no Outline.com para não assinantes)


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