
Quem assistiu meus três primeiros videos que publiquei no blockchain do Steem usando o @dtube deve ter percebido a similaridade entre eles. Ambos mostravam cenas repetitivas, aparentemente banais e do cotidiano, sem nenhuma atração a não ser a monotonia, repetição e sonolência hipnotizante :-)
Para continuar a série descobri este ponto de vista no restaurante que almoço aqui no Itaim Bibi, perto do local onde trabalho. Na mesa que sentei ao lado do bufett, onde escolhemos a comida antes de pesar na balança para saber quanto vamos pagar, tem esta visão dos fogareiros e suas chamas azuladas e algumas vezes esvoaçantes, cuja função é manter aquecido os recipientes de metal chamados de rechaud (palavra francesa que descobri hoje pesquisando na internet).
No primeiro video mostrei um redemoinho na água escorrendo pela calçada durante um temporal, no segundo uma panela elétrica espirrando gotículas e fumaça de vapor d'água e no terceiro o vento também em círculos movendo e fazendo uma coreografia com um saco plástico no ar e agora as chamas insinuantes e inquietas do fogo aparentemente controlado e restrito. Foram 3 elementos alquímicos, em momentos comuns, mas únicos.
Lembro que um dos livros do Paulo Coelho, o Diário de um Mago talvez, fala da Ágape, uma energia que une todos os elementos da natureza e é perceptível quando encaramos fixamente um dos 4 elementos. Para exemplificar, isso ficaria nítido quando estamos na frente de uma fogueira ou lareira e nossa mente se deixa levar, unindo-se a Ágape e se mesclando na energia única e onipresente do universo.
Talvez pelo video ou pelo tamanho diminuto do fogareiro não seja possível ter esta experiência quase mística, mas tanto no fogo, água ou ar, com certo esforço, dá pra ter uma ideia deste magnetismo e consequente motivo para os alquimistas elegerem estes elementos como primordiais, a partir de onde todo o resto se origina.
Valeu! Sucesso e boa sorte mais uma vez!!
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