[EN/PT] From Education to the First Job / Da Educação ao Primeiro Emprego

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The first job is a milestone in any young person's life. It represents the achievement of financial independence, as well as the start of a journey of learning and personal growth. However, the search for a first job can become a challenging journey, full of obstacles that can frustrate young people's expectations.

For the vast majority of young people, this is a delicate issue, as they have no experience and most jobs require requirements or experience that they don't have. It's something I call the paradox of the first job: how can a young person fill a job vacancy that requires thousands of years of experience if they've never worked in their life?

Thank God I didn't go through that experience, but I know some colleagues who did and who didn't have as many opportunities in life as I did. Perhaps that's why today some of them are in the world of drugs, for lack of opportunities.

When I was about to finish secondary school, I began to worry about what area or where I would work. When I was only 16 years old and only studying, I found myself in a desperate situation, because I felt like a useless person who only studied. My parents would tell me to look for a job. After all, we were a family with few resources and I was the eldest of the children and my father was the sole breadwinner.

At the time, I had a childhood friend who started studying at a vocational training institution, in the Industrial Mechanics course. It was a course financed by industrial companies, which in return received tax benefits from the government, but the student had to pass a selection process.

So I was fascinated by what my friend had achieved. After all, it was a long course of 1,200 hours, which would allow him to learn a trade. At the time, opportunities were limited and knowing this brought a light at the end of the tunnel, a hope for the future. To enter this type of course you had to take part in a selection process, which was a Portuguese language and math test.

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So I spent almost six months preparing for this exam, so that when a new selection process opened up, I could pass. I spent my days focused on this goal and studied from day to night, fighting tooth and nail to pass. With this determination I managed to pass and enter the Industrial Electronics Course, which I spent almost 3 years on.

It was a unique experience. I spent all day, morning and afternoon, studying theory and practice on various subjects, mainly in the electrical area. In addition, in the middle of the course I got a scholarship to be a minor apprentice at Ambev, one of the largest breweries in the world. But I had to be in the company's factory environment twice a week, accompanying the maintenance team.

At the time, I was paid 250 reais ($50 today), which was half the minimum wage in Brazil. However, the purchasing power of Brazilians was better and with this money I was able to help my parents and buy a lot of things.

This course opened many doors for me, and at that time I studied a lot, which allowed me to pass a selection process for a higher education course in Industrial Automation Technology at a Federal Institute. When the vocational course ended I was able to get my first real job, as an electrician at a water and sewage company in my town.

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This was my first job, and it wasn't quite what I expected. They were a company that didn't have a good structure in terms of equipment and tools to work with. When I joined, I was the only electronic worker and because I was very young, the people who worked there didn't have much confidence in me.

But over time I proved to be much better than everyone thought, including my boss. The equipment needed for pumping water: motors, switchboards and pumps were old. This caused constant problems and I was the one who solved most of them, when it came to the electrical part.

I remember that once, the main pumping system, which supplied a town of 60,000 inhabitants, caught fire. Luckily, there were new switchboards that had been bought for a future refurbishment, but there was no one I knew who could install that switchboard in my town. And since we couldn't leave the population without water, in an act of bravery I set about installing that switchboard, using only the knowledge I had learned about it in my vocational training course.

I remember that I spent the early hours of that day installing and configuring the parameters of that system's electric motor. I also remember that when I was finalizing the installation of this electrical panel, the mayor of the town stopped by because he was worried that the town was without water and the damage had been great.

The mayor looked at me and was startled when he saw a boy, who was only 20 at the time, but looked younger. I remember their words as he looked at me: "Young man, can you make this work?". At the time I didn't have the heart to say anything, which scared him even more, but my boss talked to him, which must have calmed him down.

Thank God everything worked out and we got the system working again. The following week my work colleagues praised me and recognized me as a true professional. My boss also recognized me and gave me a promotion, increasing my salary. This significantly improved my self-esteem and my financial standing in the company.

I spent a long time at this company, exactly 5 years, and there were many good times and bad times. I met many wonderful people who were part of my life during my time there. But the company became too small for a young man who wanted more challenges and I ended up leaving to work in a better place.

I apologize for writing a long post about how I got my first job, but it was necessary to show that education opens fantastic doors in our lives. Perhaps if it hadn't been for the vocational course I had the opportunity to take, I wouldn't be where I am today. And in the worst-case scenario, I might even end up like some of my childhood classmates, in the vice of dogras.

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O primeiro emprego é um marco na vida de qualquer jovem, representa uma conquista da independência financeira, como também o inicio de uma jornada de aprendizado e crescimento pessoal. No entanto, a busca pelo primeiro emprego pode se transformar em uma jornada desafiadora, repleta de obstáculos que podem frustar as expectivas dos jovens.

Para grande maioria dos jovens essa é uma questão delicada, pois não possuem nenhuma experiência e a maioria dos empregos requer requisitos ou experiências, que esses jovens não possuem. É algo que chamo de paradoxo do primeiro emprego, como um jovem vai preencher a uma vaga de emprego que requer milhares de experiências passadas se ele nunca trabalhou na vida?

Graças a Deus eu não passei por essa experiência, mas conheço alguns colegas que passaram e que não tiveram tantas oportunidades na vida como eu. Talvez, por isso hoje alguns deles estejam no mundo das dogras, por falta de oportunidades.

Quando eu estava preste a terminar o Ensino Médio comecei a ficar preocupado em que área ou onde iria trabalhar. Com apenas 16 anos e apenas estudando eu me via em uma situação desesperadorada, pois me sentia um inútel que apenas estudava. Meus pais falavam indiretas para que eu procurasse algum trabalho. Afinal, eramos uma família com poucos recursos e eu era o mais velho, entre os filhos, e o meu pai era o único provedor da família.

Nessa época, eu tinha um amigo de infância que começou a estudar em uma instituição de cursos profissionalizantes, no curso de Mecânica Industrial. Era um curso financiado pelas industriais, que em troca ganhavam benefícios fiscais do governo, mas era preciso que o aluno passasse em um processo seletivo.

Então, fascinado pelo feito que meu amigo tinha alcançado, afinal era um curso longo de 1200 horas o que permitiria aprender uma profissão. Na época as oportunidades eram limitadas e saber disso trouxe um luz no fim do túnel, uma esperança para futuro. Para entrar neste tipo de curso era preciso participar de um processo seletivo, que era um prova de Lingua portuguesa e Matemática.

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Então, passei quase 6 meses me preparando para essa prova, para quando abrisse um novo processo seletivo. Eu passava meus dias focado nesse objetivo e estudava de dia a noite, lutando com garras e dentes para ser aprovado. Com essa determinação eu consegui passar e entrar no Curso de Eletriscita Industrial, o qual passei quase 3 anos.

Foi uma experiência única eu passava o dia todo, manhã e tarde, estudando teoria e pratica sobre diversos assuntos, principalmente da área elétrica. Além disso, no meio do curso consegui uma bolsa para ser menor aprendiz da Ambev, uma das maior cervejaria do mundo. Mas, era preciso está no ambiente fabril dessa empresa duas vezes na semana, acompanhando a equipe de manunteção.

Na época ganhava uma bolsa de 250 reais ($50 dolares hoje), que era metade do salário mínimo no Brasil. Porém, o poder de compra do brasileiro era melhor e com esse dinheiro eu conseguia ajudar meus pais e ainda dava para comprar várias coisas.

Esse curso me abriu várias portas, nessa época eu estudava bastante, o que me permitiu passar em um processo seletivo para curso superior em Tecnólogo em Automação Industrial, em um Instituto Federal. Quando o curso profissionalizante terminou eu consegui entrar em meu primeiro emprego de verdade, como Eletricista em uma empresa de Saneamento de Água e Esgoto da minha cidade.

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Esse foi meu primeiro emprego, não foi bem o que eu esperava. Pois, eram uma empresa que não tinha uma boa estrutura, em termo de equipamentos e ferramentas para trabalhar. Quando entrei eu era o único eletriscita e por ser bem jovem, as pessoas que trabalhavam lá não tinham muita confiança em mim.

Mas, com o passar do tempo fui provando ser bem melhor do que o julgamento de todos, inclusive meu chefe. Os equipamentos necessários para o bombeamento de água: motores, quadros elétricos e bombas eram velhos. O que ocasionavam constantes problemas e era eu que resolvia a maior parte deles, quando relacionados a parte elétrica.

Lembro que certa vez, o sistema de bombeamento principal, que abastecia uma cidade de 60 mil habitantes pegou fogo. A sorte é que haviam quadros eletricos novos que foram comprados para um reforma futura, porém não havia ninguém conhecido que instalasse aquele quadro elétrico na minha cidade. E como não podiamos deixar a população sem água, em um ato de bravura me propus a instalar aquele quadro elétrico, somente com os conhecimentos que aprendi sobre aquilo no meu curso profissionalizante.

Lembro que passei a madruga até noite daquele dia instalando e configurando os parametros do motor eletricos daquele sistema. Lembro também, que quando estava finalizando a instalação desse quadro elétrico o prefeito da cidade passou no local, porque estava preocupado pois a cidade estava sem água e o estrago tinha sido grande.

O prefeito olhou para mim e se assustou quando viu um garoto, na epoca tinha apenas 20 anos, mas aparentava ser mais jovem. Lembro das palavras deles enquanto olhava para mim: "Meu jovem você consegue fazer isto funcionar?". Na hora não tiver reação de falar nada, o que o deixou mais assustado, mas meu chefe falou com ele, o que deve ter o acalmado.

Graças a Deus, deu tudo certo e conseguimos colocar o sistema para funcionar novamente. Na semana seguinte os colegas de trabalho me elogiávam e me reconheceram como um verdadeiro profissional. Meu chefe também me reconheceu e mim deu uma promoção, aumentando meu salário. O que melhorou significativamente minha autoestima e minha condição financeira na empresa.

Passei um bom tempo nessa empresa, exatos 5 anos, foram vários momentos bons e também ruim. Conheci várias pessoas maravilhosas que fizeram parte de minha vida durante o tempo que passei por lá. Mas, a empresa foi ficando pequena para um jovem que almeja mais desafios e acabei saindo para trabalhar em um local melhor.

Peço desculpa por ter feito um longo post relato como cheguei em meu primeiro emprego, mas era necessário para mostrar que a educação abre portas fantatiscas em nossas vidas, talvez se não fosse o curso profissionalizante que tive a oportunidade de fazer não estaria onde estou hoje. E na pior das hipotese poderia até acabar como alguns colegas de infância, nas dogras.

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