O sucesso das músicas grudentas

Algumas das composições mais tocadas e marcantes de todos os tempos

No fim do ano passado, eu por acaso assisti o clipe A Melhor Música de Natal do Mundo, do MrPoladoful. Até então, eu nunca tinha ouvido falar nem da canção ou desse youtuber. Na ocasião, assisti o vídeo até o fim por curiosidade. Depois, não procurei saber nenhum histórico do autor. A única coisa que me chamou a atenção, além do título e arranjo da letra foi a quantidade de visualização, mais de 2 milhões.

Sem entrar no critério da qualidade musical ou público cativo dessa pessoa, eu imediatamente associei o sucesso a alguns fatores importantes. Entre eles, o título criativo, chamativo e adequado para impulsionar os buscadores de pesquisa de forma orgânica. Sendo assim, quantas pessoas além de mim não caíram nessa música sem nenhuma intenção, apenas por que pesquisavam por algo referente a Natal.

Com isso, ele ganhou dinheiro além do seu público. É isso que fazem as músicas irritantes, chicletes, grudentas ou como preferirem chamar. Elas não necessariamente são ricas musicalmente, mas cumprem o papel de ficar na memória. Obviamente, que os mecanismos para uma música se tornar um hit vão além de um simples título criativo.

Um tempo atrás, eu assisti uma entrevista bem interessante com o Latino. Nela, ele explicava como conseguiu emplacar vários hits, entre eles Festa no Apê e Renata. Provavelmente, só de ler ou ouvir o título, as pessoas já cantarolam um pouco. Exatamente o objetivo.

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Hit grudento: gostando ou não, você já deve ter cantado algumas vezes sem perceber (Foto: RyanMcGuire/Pixabay)

Para conseguir esse efeito, existe um estudo humano que pode ser feito pelo próprio artista como explicou o Latino na entrevista. Além disso, o que ele nem citou é que têm algoritmos de computadores capazes de prever hábitos de consumidores para detectar a popularidade.

Ao longo da história, diversas músicas se tornaram verdadeiros sucessos momentâneos ou deixaram o seu legado. Provavelmente, o mais recente seja Despacito, de Luis Fonsi.

Antes disso, é possível citar inúmeras composições nacionais e internacionais. Algumas delas:

Let’s Dance, de David Bowie
Help, The Beatles
Gangnam Style, de Psy
Hey Ya, de Outkast
Oh, Pretty Woman, de Roy Orbison
(I can’t get no) Satisfaction, de Rolling Stones
Wannabe, de Spice Girls
Ai se eu te pego, de Michel Teló
Crazy In Love, de Beyoncé
La Gasolina, de Daddy Yankee
Show das poderosas, de Anitta
La Macarena, de Los Del Rio

Inteligência artificial nas músicas

Hoje em dia, também existem canções compostas por inteligência artificial (AI, na sigla em inglês). O Laboratório de Pesquisa da Sony noticiou as duas primeiras em 2016. Uma delas era a Daddy's Car. Com um refrão repetitivo, consegue lembrar um pouco os Beatles.

Em 2017, a cantora e youtuber Taryn Southern celebrou o lançamento do seu álbum pop "I AM AI", o primeiro disco produzido inteiramente com um software de AI. Ela usou um programa chamado Amper, um gerador de música open source.

Os programas combinam algoritmos com a produção musical feita por humanos. A Sony tem alimentado um banco de dados com músicas de diferentes ritmos e artistas do mundo inteiro. Ao todo, são 13 mil canções.

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