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Usually when we think about our first job, we dream that it will be something really cool, usually focused on an area that we have a great affinity for, either because of personal taste or the direction we decided to take in college, for example.
It turns out that in my case, my first job was not my dream job, in fact it was a very complicated and challenging period for me. There are days when I can't even imagine that I spent 1 year in this bitter job and left with my sanity intact and my physical integrity without being violated.
From the content of those words, you must already imagine that it was something insane, right? Well, the path goes right there. Without further ado, my first job was as a public transport inspector, that is, I spent the afternoon at the bus terminals carrying out solidary boarding, noting the time they left and arrived, in addition to carrying out inspections on them to see if they needed to go for maintenance or if it was still possible to keep them operational.
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At that time I was in college, studying computer networks. I needed a job to help my mother pay the bills and to be able to buy some things for myself as well, in addition to paying my college tuition.
In the beginning, the first thing that bothered me a lot was that my classmates in college made fun of me all the time, for having a job as crazy as mine, while most of them already worked in the technology area, I was the public transport tax. I was never against heavy jokes, jokes or acid humor, but at certain times there, there were very mean comments that made me uncomfortable, that even made me think that I was wrong, even if I was just working honestly to try to survive.
The service itself at the terminals was distressing too, many times on the layover, they sent me to a bus terminal far away from my house, my working hours, as I said, were in the afternoon, more specifically at 12:30 pm in the morning late until 7:30 pm and I only got home around 8 pm. In some extreme cases, I would arrive after 9 pm, I only had a deadline to take a shower, have dinner and practically sleep because the next day there was more college and more work.
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Now two striking and unfortunately negative points that I can't forget when I talk about my first job.
My schedule was very tight, so leaving college and having to speed to get to a terminal to start work was very tight and as I wanted to show service and obviously not lose my job due to being late or absent, it was all very strict, so they told me to arrive at the start time (12:30 pm) having already had lunch, if by chance I arrived and hadn't had lunch, I had to start work really hungry.
This was crazy and at first I followed this stupid rule at risk, until I started to feel sick from arriving so many times and working all day without lunch, the most I could do was buy a snack and eat quickly.
There came a time when I just “turned the fuck on”, I couldn't take being hungry anymore and my body was bad because of it, so it didn't matter what time I got to the terminals, I would have lunch first and then start work, even if my supervisors thought it was bad, scolded me, I thought of my health first.
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Finally, another tense moment was when I was at one of the biggest terminals in Goiânia, the city where I live, and a man with his wife in a wheelchair asked for help to make her solidary boarding, which is to stop the bus before it arrives at the departure point (usually full of people) to put those people with a more serious health problem, elderly and pregnant women first, before arriving at the madness of people killing themselves to get on a bus.
So far so good, but it turns out that I had several other departures to make and I ended up letting the bus that had to put this woman and her husband inside her go straight by and well, he wasn't very happy. The crazy guy just freaked out, started cursing me, said he was going to kill me, that he was going to shoot me and said a bunch of things that I was stunned to hear.
He got really nervous and I asked him to calm down, but it was a very tense few minutes, with many death threats and threats to harm me. Anyway, it was such a bad day, after that I just hid and told my supervisors that I wasn't going to finish that day's work.
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And reinforcing as I said at the beginning, I don't know how I endured 1 year of this madness. With the lesson learned that reality, when you continue in college or leave it and look for your first job, everything can go wrong, everything can be insane and well, we have to mature and prepare for the highs of life.
Thank God, my ending was happy, because at the end of that 1 year of work, I got an internship in my area (IT), which was necessary to finish my college and I'm there until today, 12 years later in the same job, happy, more than fine, working in the office with coffee and air conditioning, quite different from the disturbed reality of public transport bus terminals.
Sometimes the first job isn't the dream job, it's the hell job, but don't worry, the real dream job can be your second chance! 😂
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Geralmente quando pensamos no nosso primeiro emprego, sonhamos que será algo bem legal, normalmente voltado para uma área que a gente tem uma grande afinidade, seja por gosto pessoal ou pelo rumo que decidimos tomar na faculdade, por exemplo.
Acontece que no meu caso, meu primeiro emprego não foi o emprego dos sonhos, na verdade, foi um período bem complicado e desafiador para mim. Têm dias que eu nem consigo imaginar que passei 1 ano neste emprego amargo e sai com a minha sanidade intacta e minha integridade física sem ser violada.
Pelo teor dessas palavras, vocês já devem imaginar que foi algo insano, não é? Pois bem, o caminho segue por aí mesmo. Sem enrolação, o meu primeiro emprego foi como fiscal de transporte público, ou seja, ficava no período da tarde nos terminais de ônibus realizando embarque solidário, anotando o horário em que saiam e chegavam, além de realizar vistorias nos mesmos para ver se precisavam ir para a manutenção ou se ainda dava para mantê-los operantes.
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Nesse período eu estava na faculdade, fazendo o curso superior de redes de computadores. Precisava de um emprego para auxiliar a minha mãe a pagar as contas e para poder comprar algumas coisas para mim também, além de pagar a mensalidade da faculdade.
No começo, a primeira coisa que já me chateava bastante era que os meus colegas de classe na faculdade me zoavam o tempo todo, por ter um emprego tão maluco como este meu, enquanto a maioria ali já trabalhava na área de tecnologia, eu era o fiscal de transporte publico. Nunca fui contra piadas pesadas, brincadeiras ou humor acido, mas em certos momentos ali, havia comentários bem maldosos que me deixavam desconfortáveis, que até me faziam pensar que o errado era eu, mesmo que eu apenas estava trabalhando honestamente para tentar sobreviver.
O serviço em si nos terminais eram angustiantes também, muitas vezes na escala, me mandavam para um terminal de ônibus bem longe da minha casa, o meu horário de trabalho como havia dito, era de tarde, mais especificamente no período de 12:30 da tarde até as 19:30 e só chegava em casa lá para depois de 8 e pouca da noite. Em alguns casos extremos, chegava depois das 9 horas da noite, tinha o prazo apenas de tomar um banho, jantar e praticamente dormir porque no outro dia tinha mais faculdade e mais trabalho.
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Agora dois pontos marcantes e infelizmente negativos que não tem como eu esquecer quando falo do meu primeiro emprego.
Meus horários eram bem apertados, então o fato de sair da faculdade e ter que acelerar para chegar em um terminal para começar o trabalho era muito apertado e como queria mostrar serviço e obviamente não perder o meu emprego por atrasos ou faltas, era tudo muito rígido, então falavam para chegar no horário de iniciar (meio-dia e meia) tendo já almoçado, se por acaso chegasse e não tivesse almoçado, era para começar a trabalhar com fome mesmo.
Isso era uma loucura e no começo eu seguia a risco essa regra idiota, até que comecei a passar mal por chegar tantas vezes e trabalhar o dia todo sem almoço, sendo que o máximo que podia fazer era comprar um salgado e comer rapidamente.
Chegou um momento que eu simplesmente “liguei o foda-se”, não aguentava mais ficar com fome e ficar com meu corpo ruim por conta disso, então não importava a hora que eu chegasse nos terminais, eu ia almoçar primeiro para depois começar a trabalhar, mesmo que meus supervisores achassem ruim, me dessem bronca, eu pensei na minha saúde em primeiro lugar.
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Por fim, outro momento tenso, foi quando estava em um dos maiores terminais de Goiânia, a cidade em que moro e um homem com a sua esposa cadeirante pediu ajuda para fazer o embarque solidário dela, o qual é parar o ônibus antes dele chegar no local de embarque (geralmente cheia de pessoas) para colocar essas pessoas com algum problema de saúde mais serio, idosos e gravidas primeiro, antes de chegar na loucura das pessoas se matando para entrar de um ônibus.
Até aí tudo bem, mas acontece que eu tinha vários outros embarques para fazer e acabei deixando o ônibus que tinha que por essa mulher e o seu marido dentro passar direto e bem, ele não ficou muito feliz. O maluco simplesmente surtou, começou a me xingar, falou que ia me matar, que iria me dar um tiro e falou um monte de coisas que fiquei abismado em ouvir.
Ele ficou realmente muito nervoso e eu pedindo calma para ele, mas, foram alguns minutos bem tensos, com muitas ameaças de morte e de fazer mal para mim. Enfim, foi um dia ruim demais, depois disso eu simplesmente me escondi e falei para meus supervisores que não iria terminar aquele dia de trabalho.
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E reforçando como disse no começo, não sei como aguentei 1 ano nessa loucura. Com a lição tirada de que a realidade, quando você continua na faculdade ou sai dela e buscará o seu primeiro emprego, tudo pode dar errado, tudo pode ser insano e bem, temos que amadurecer e se preparar para as pedradas da vida.
Graças a Deus, o meu final foi feliz, pois ao final desse 1 ano de trabalho, consegui um estágio na minha área (TI), que era necessário para finalizar a minha faculdade e estou lá até hoje, 12 anos depois no mesmo emprego, feliz, mais de boa, trabalhando no escritório com café e ar condicionado, bem diferente da realidade perturbada de terminais de ônibus do transporte publico.
Às vezes o primeiro emprego não é o dos sonhos e sim o dos infernos, mas calma, o verdadeiro emprego dos sonhos pode ser a sua segunda oportunidade! 😂
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