A alegria de uma casa

Em setembro deste ano, teve uma notícia que chocou muitas pessoas no país. É o caso do resgate dos 135 cães de um canil em Osasco, na Zona Oeste de São Paulo. Na época, eu fiquei bem triste com esse acontecimento, devido à gravidade da situação. As fotos e vídeos são lamentáveis.

Depois disso, passei acompanhar um pouco a ONG da ativista Luisa Mell, que eu desconhecia. Outra notícia que me entristeceu foi sobre a feira que ela realizou após o resgate. Todos os cachorros da operação são de raça. Logo, a maioria das pessoas que foram ao evento estavam pensando em adotar um deles. No entanto, eles não estavam disponíveis, por causa do tratamento. Por isso, as opções eram os saudáveis e vira-latas. Quando souberam disso, muitos desistiram somente nove foram adotados, dos 30. Não é a primeira vez que isso acontece, segundo a ativista.

Eu não tenho nada contra quem compra cachorros, inclusive já pensei nisso. Porém, essas circunstâncias me parecem um despropósito. Muitos só foram no local por causa da possibilidade de ter um cão de raça, depois desistiram. Ou seja, me parece que o valor está no status e não no amor que um animal traz.

Aproveito para contar uma outra história. Dessa vez, que aconteceu na minha família. Já faz um tempo que minha mãe quer um cachorro. Porém, ela estava com dificuldades para convencer o meu padrasto disso. Por sorte, o meu irmão também queria muito. No meio desse ano, eles quase pegaram um, mas acabou não dando certo.

Então, no último mês, um amigo dela encontrou quatro filhotes abandonados na rua. Como ele já tem cachorro, ele cogitou em não pegar, até porque só passava pelo local com pressa. No entanto, ele tem coração, diferente do monstro que deixou eles lá. Por isso, voltou e levou a caixinha para casa. Quando ele contou para minha mãe a história na hora ela se comoveu e adotou.

A ideia inicial é que ele fosse para casa deles só em janeiro, como disse antes, mas foi possível antecipar a vinda. Já faz duas semanas. Quando ele veio, chegou todo assustado, queria colo o tempo todo. Agora, já está mais calmo. Ele chama Linguiça, o nome escolhido pelo meu irmão, por causa do desenho Lelê e Linguiça. Um cachorro muito bonzinho e obediente, além de lindo.

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Na primeira foto, o primeiro dia dele; na segunda, ele já mais habituado

Graças a Deus, ele foi adotado, quando lembro que ele e os irmãos estavam chorando na rua me dá uma profunda tristeza e revolta. Não tem problema se fosse não pode ou não quer os filhotes ou seu próprio cão (porque está velho, por exemplo). Nesses casos, procure um local ou alguém que os recolhe, existem vários que fazem isso. Às vezes, penso se é desinformação ou só maldade mesmo.

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