A práxis da solidariedade social

Independente do seu espectro político, se de esquerda ou de direita, acho que é incontestável que toda sociedade deve possuir algum nível de solidariedade social. Afinal, não parece razoável uma sociedade que se diz de iguais, permitir que pessoas vivam à margem dela pelo simples fato dos infortúnios da vida que muitas vezes ela não teve culpa nem deu causa alguma àquilo que lhe desfortunou.

É notório que aqueles que possuem escolaridade formal aumentam as suas possibilidades de encontrar empregos. E não só isso, também aumentam as chances de ganhar melhores salários. O grande drama nisso tudo é que o ensino não vem de graça, não cai do céu. É um serviço, e sendo um serviço, alguém tem que pagar por ele.

É óbvio que um estudante não tem condições de pagar pelo próprio estudo. Afinal, ele está estudando na grande maioria das vezes justamente para conseguir no futuro se integrar no mercado de trabalho. Então via de regra todo estudante precisa de algum patrocinador, que na maioria das vezes é o próprio pai, o chamado “paitrocínio”.

Mas esse patrocínio familiar nem sempre é possível. Então o que fazer com os estudantes que têm vocação para os estudos mas não tem condições financeiras de pagar por ele? Eles irão depender de alguma forma de solidariedade alheia.

Daí surge o conceito de “educação pública”, administrada e financiada pelos impostos. A princípio isso parece uma boa ideia, mas na prática não se revela tão boa assim. Primeiro porque todos nós sabemos o quanto o Estado é um mal administrador dos recursos “sem dono”. Apesar de toda a burocracia, muitos desvios e malversação de verbas acontecem. E segundo que a própria burocracia, muitas vezes criada pra evitar esses mesmos desvios, acaba por engessar também os serviços, tornando-os precários e ineficazes. Quem duvida basta olhar a educação pública atual do Brasil. E isso vale pra todo serviço público, não só a educação. Todos acabam ficando bem aquém do que a sociedade almeja, apesar de custarem caro para o contribuinte.

Como então resolver esse impasse? Penso eu que a solução que me parece mais adequada para isso seria deixar a solidariedade como algo voluntário, na mão dos particulares e não do Estado. Não acho que o Estado deveria ter nada a ver com isso. Porém, mesmo que ele fosse se envolver com isso, penso que no máximo deveria ser na forma de vouchers, e não administrando diretamente escolas, hospitais, etc...


Gostou da leitura e quer mais? Aí vão algumas sugestões :

H2
H3
H4
Upload from PC
Video gallery
3 columns
2 columns
1 column
15 Comments