Não havia santos no Regime Militar

Olha, vira e mexe aqui no Brasil volta esse tema sobre o Regime Militar. E aí começam as narrativas pró e contra pra ver quem estava mais certo, quem é o “mais santo” nessa história toda. Eu lamento informar a ambos os lados que a verdade verdadeira é que não há santos, nem de um lado nem de outro.

Eu sou totalmente a favor da democracia, pois entendo que esse é o regime que melhor permite aos conflitos se resolverem no campo das ideias, e as disputas possam ser resolvidas prioritariamente de forma pacífica via voto, a “vitória da maioria”.

O Regime Militar foi uma ditadura, e isso por si só já é suficiente para eu não defendê-lo. Pra mim não importa a cor do ditador, se azul ou vermelho. Ditadura é sempre a morte dos debates e das ideias. É a substituição das ideias pelo medo e pela força das armas.

Mas aqui pra nós, o Regime Militar não surgiu do nada no Brasil como num passe de mágicas. Ele surgiu porque existia uma ameaça iminente de tomada de poder e de uma ditadura comunista, a tal da “ditadura do proletariado” que todo mundo sabe é muito defendida pelas esquerdas. Hoje é verdade que as esquerdas estão mais “domesticadas”, mas naquela época ela ainda era bastante radical e defendia isso sim.

Então já passou da hora de aqueles que foram combatidos pelos militares pararem de se fazer de santinhos com asas. Eles sim foram combatidos de forma brutal e pelo uso da força militar. Aliás, militar serve essencialmente pra isso, pra usar a força bruta contra os seus opositores. Não é papel de militar debater e entregar flores.

A única coisa que eu lamento nesse episódio do passado foi ter chegado nesse ponto de necessitar a entrada dos militares nos embates políticos. Mas vamos parar de uma vez por todas com esse discurso maniqueísta tosco de que os militares eram os perversos e maldosos, e os revolucionários eram os anjinhos santinhos oprimidos. Meu lado era certinho e santinho e o seu lado todo errado dos vilões malvadões.

Isso já está ficando ridículo. O que havia era uma guerra, onde os dois lados agiam com violência pra defender seus pontos de vista. E na base da violência, venceram os militares, foi isso o que aconteceu. A lição que ficou disso tudo foi que ambos os lados deveriam refletir de forma isenta para que jamais precisemos novamente resolver conflitos na base da violência.


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